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Relatório de Vindima 2021

Dezembro 2021

Beatriz Cabral de Almeida, responsável pela enologia da Quinta dos Carvalhais, diz que “2021 foi um ano ‘clássico’ do Dão, desafiante e trabalhoso, que deu origem a vinhos delicados, frescos e elegantes”. A Quinta dos Carvalhais quase duplicou a produção própria relativamente ao reduzido 2020, e a região subiu c.35%.

“2021 foi um ano ‘clássico’ do Dão, desafiante e trabalhoso, que deu origem a vinhos delicados, frescos e elegantes.”

A Quinta dos Carvalhais junto a Mangualde está plantada com as castas brancas e tintas tradicionais da região, com destaque para Encruzado, Touriga Nacional e Alfrocheiro. A área total de vinha é de 50ha, tendo mais de metade sido replantada em 2020 (28ha), em substituição da área afetada pelos incêndios de 2017. Para a equipa de viticultura, liderada por João Vasconcellos Porto, “o ano foi fantástico para a vinha nova”. Beatriz concorda dizendo que “está em grande crescimento e muito bonita”, e sonha já com uvas a partir de 2022-23. Por agora, conta somente com a vinha mais velha.

O ciclo vitícola decorreu “normal e sem grande pressão de doenças”, embora afetado por temperaturas baixas e chuva em momentos cruciais, como a floração e o vingamento. Apesar de alguma heterogeneidade resultante, o potencial produtivo foi muito equilibrado e superior a 2020. Os trabalhos decorreram no tempo certo e a videiras estavam saudáveis, apesar de algum atraso devido ao julho mais fresco que o normal, com poucos dias acima de 30ºC. A chuva que caiu em 11 de agosto foi benéfica, refrescando e hidratando a vinha, toda ela sem rega e cuidada em modo de Produção Integrada. O Dão é uma região moderada, com verões de dias quentes e noites frescas, ideais para amadurecer as uvas e preservar a sua acidez. No equinócio, a mudança de tempo é habitual e um risco ao qual a região está habituada.

No final de agosto as maturações decorriam longas e calmas, e as expectativas eram boas.

“O ano prometia ser uma loucura, mas depois veio a chuva”, lembra Beatriz. E complicou a fase final do ciclo. A vindima foi faseada, ao ritmo das uvas.

Entre 1-3 setembro foram colhidas Tourigas Nacional para rosé e as parcelas mais avançadas de Gouveio. Na semana seguinte foi colhida a Jaen, e a partir do dia 13 avançou “em força”, até 7 de outubro. A vindima foi “trabalhosa e desgastante”, admite a enóloga. Obrigou a cuidado ainda mais apurado, a atenção redobrada na vinha e a muito trabalho de pormenor e seleção na adega (da mesa de escolha a todos os detalhes de fermentações e estágios). A alternância entre dias de bom tempo e de chuva gerou um misto de emoções, ora confiante ora apreensiva. O resultado final deixa Beatriz contente. “Temos bons vinhos” e mais produção. Os brancos e rosés foram vindimados mais cedo, sob tempo seco, e estão muito suaves e aromáticos. Os brancos de Encruzado são elegantes, com estrutura, frescos e delicados.

Quanto a tintos, os de Alfrocheiro são bem característicos, “com notas arbustivas, de bosque, alcachofras e cogumelos frescos”, e os de Touriga Nacional mostram também muita elegância, “com cores mais suaves e notas de fruta silvestre, resina e pinhal”.
Beatriz está orgulhosa pelo trabalho realizado em mais um ano complicado para a região. Realça o carácter “delicado e suave, com estrutura, frescura e elegância” dos vinhos, e revela que tem muito boas expectativas para os primeiros lançamentos, já na próxima primavera.

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